Símbolo nacional: O Cedro do Líbano

“Os Cedros são os monumentos naturais mais célebres do universo. A religião, a poesia e a história igualmente os consagrou. São seres divinos sob forma de árvores.” Lamartine, poeta francês, século XIX.

“Um cedro sempre verde é um povo sempre jovem, apesar de um passado cruel. Embora tenha sido oprimido, jamais conquistado. O cedro é o seu sinal de união. E pela união, pode enfrentar a todos os ataques.” Texto da proclamação do Grande Líbano como Estado Independente em 1920.

O cedro do Líbano é mais que uma árvore, ele é o símbolo do Líbano. O cedro foi escolhido como emblema da bandeira libanesa por simbolizar força e imortalidade. Embora existam muitos tipos de cedros, o Cedro do Líbano ou Cedrus libani é a espécie mais velha e mais forte, podendo viver ao longo de centenas anos.

Antigamente as montanhas do Líbano eram cobertas de cedros. Tem-se conhecimento da árvore desde 3 mil a.C., quando a

cidade de Biblos Jbeil era um importante centro comercial da antiga Fenícia, junto ao Mar Mediterrâneo. Além disso, o cedro é

muitas vezes mencionado na Bíblia Sagrada como um símbolo de força e de eternidade.

Veja como o Cedro do Líbano marcou sua presença ao longo da história:

• Os fenícios empregavam sua madeira na construção de embarcações, utilizadas para a navegação no Mar Mediterrâneo e no Oceano Atlântico.

• O papiro de Unamon, datado do século XI a.C. testemunha o intercâmbio comercial entre o Líbano e o Egito. Unamon narra que foi encarregado pelo Grande Sacerdote do Deus Amon, de Tebas, para procurar os cedros a fim de construir um barco consagrado à divindade.

• Segundo a Bíblia, o Rei Salomão construiu seu famoso templo com a madeira dos cedros libaneses.

• A madeira do cedro era perfumada e utilizada pelos faraós do Egito para mumificar os mortos.

Houve uma época em que até cem mil encarregados cortavam as árvores para extrair a nobre madeira do cedro. Hoje ainda temos dezoito florestas. Em Bcharri, floresta relíquia a uma altitude de 1.900 metros, há mais de 300 árvores, sendo que duas têm cerca de 3 mil de idade, e outras dez possuem mais de mil anos. Há ainda a Floresta de Jaj Laqlouk e a Floresta de Barouk Maaser Chouf com quase seis milhões de árvores antigas e novas.

O cedro cresce muito devagar e chega a atingir até 40 metros de altura e 14 metros de diâmetro no tronco. Nos primeiros três anos de vida, as raízes crescem até um metro e meio de profundidade, enquanto a planta tem somente cerca de 5 centímetros. Aos quatro anos o cedro começa a crescer – vinte centímetros por ano – e só aos quarenta anos produz sementes.

Em 1985 foi criada a associação Amigos da Floresta dos Cedros (http://www.cedarfriends.org/en) que tem por objetivo o plantio de novas mudas de cedros nas montanhas libanesas, além do reflorestamento da região que já foi devastada.

Fonte: Embaixada do Líbano

130 anos de imigração

Há mais de 130 anos, os libaneses ajudam na história do Brasil.

Tudo começa quando o então Imperador D. Pedro II, visita em 1876 o Líbano e 4 anos depois, em 1880, começa a chamada imigração libanesa contemporânea.

A grande maioria que vieram para o Brasil eram de árabes de fé católica maronita, mas também vieram muçulmanos de judeus.

Hoje no Brasil, segundo levantamentos, vivem no Brasil mais de 7 milhões de libaneses e descendentes. É o maior número de imigrantes do mundo.

Uma curiosidade interessante sobre os libaneses – e também os sírios -, que quando chegaram ao Brasil eram chamados de Turcos.

O motivo foi o chamado Império Otamano, que dominou a Síria e também grande parte do Líbano até o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

E como estes imigrantes chegam justamente em uma época (séc. XIX e início do XX), onde estes países ainda eram de domínio Turco, os passaportes eram da Turquia.

Vale destacar que muitos turcos legítimos fugiram da Turquia na época devido a problemas religiosos.

Entre os descendentes mais famosos de libaneses ou sírios no Brasil, estão pessoas como o governador de São Paulo (2011/2014) Geraldo Alckimin, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o publicitário Roberto Dualibi, o presidente da Fiesp Paulo Skaf, a modelo Daniella Sarahyba, Paulo Maluf entre outros.

Beirute

O Líbano


O Líbano possui duas cadeias de montanhas, a primeira, chamada Monte Líbano, estende-se ao longo do Mar Mediterrâneo e seu ponto mais alto tem 3100m de altitude. A segunda, a Anti Líbano, paralela à primeira e separada dela por uma larga planície chamada Bekaa, muito fértil, conhecida na Antigüidade como “o armazém de Roma”. Sua costa compreende 220 Km.

O Líbano tem uma superfície de 10.452 km2. Possui atualmente três milhões e meio de habitantes e quatorze milhões de emigrantes espalhados pelo mundo. “O Líbano é um microcosmo pela sua superfície e um macrocosmo pela sua influência”, afirma o historiador de origem libanesa Philippe Hitti, famoso acadêmico nos Estados Unidos.

O idioma oficial é o árabe, mas o ensino do francês e do inglês é obrigatório nas escolas, facilitando, assim, as relações de comércio e intercambio cultural.

Desde as épocas mais longínquas, o Líbano era coberto de florestas: carvalhos, pinheiros e, sobretudo, de cedros; isso explica a cobiça dos invasores que vinham buscar a madeira necessária para a construção de seus templos e navios. Segundo a Bíblia, o cedro, sobretudo, era uma manifestação viva de grandeza, beleza, força imortalidade e santidade. E hoje é o símbolo do Líbano, presente em destaque sobre a bandeira libanesa. A resina dos cedros era usada para mumificar os faraós egípcios mortos.

O nome Líbano tem sua origem na mais remota antiguidade. É citado setenta e cinco vezes na Bíblia e, na língua hebraica, Líbano significa branco, talvez devido às suas montanhas, sempre cobertas de neve.

O clima ameno e temperado do Líbano, dividido em quatro estações bem definidas, e sua privilegiada posição geográfica nas rotas comerciais da antiguidade, contribuíram para o seu povoamento.

Muitas cidades foram fundadas desde o terceiro milênio antes de Cristo, tais como Beirute, Byblos, Sidon, Tiro e Trípoli. Sob o nome de Fenícia, o Líbano de outrora conheceu a prosperidade e tornou-se uma nação de grande renome.

Bandeira do Líbano. No centro o Cedro, um dos símbolos do país.

No próximo post, um pouco mais da história deste símbolo nacional.

Fonte: Embaixada do Líbano